Um caso de saúde chamou a atenção na região nestes últimos dias. Um garoto de apenas seis anos de idade, morador da cidade de Porto Vitória, o qual é portador de uma doença grave, estava enfrentando grandes dificuldades para seguir com seu tratamento na Capital do Estado, Curitiba.
O tratamento de Vitor Gabriel Barboza koguta exige que ele, e um responsável, estejam pelo menos três vezes por semana em Curitiba, onde ele faz hemodiálise. Entretanto, o transporte do paciente que é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Porto Vitória, estava comprometido devido a pandemia de Coronavírus que levou as cidades a adotar diversas medidas de precaução. Vitor e sua mãe estavam em Curitiba desde o dia 23, hospedados na casa de uma amiga para que pudessem comparecer nas sessões de hemodiálise, causando grandes transtornos para a família.
Assim que a história de Vitor chegou a redação Canal 4 TV, nossa reportagem buscou mais detalhes, conversando com a mãe, Elaine Barboza, que narrou as dificuldades que ela e seu filho estavam enfrentando diariamente na Capital do Estado e o desejo de voltar para casa. Por outro lado, a reportagem também conversou com a prefeitura de Porto Vitória que alegou que não podia agir de outra forma, umas vez que eram medidas para prevenir a saúde pública.
Com isso, nossa reportagem entrou em contato com a Vara da Infância e Juventude de União da Vitória durante a tarde de ontem terça-feira, dia 08 de abril, onde o juiz Carlos Eduardo Mattioli Kockanny, rapidamente buscou uma solução e, ainda na noite de terça-feira conseguiu uma liminar a favor do paciente, a qual obriga a Prefeitura de Porto Vitória a realizar o transporte sob pena de multa.
O documento diz que o propósito é destacar a importância de manutenção da rotina do paciente, bem como assegurar a preservação de seus laços pessoais com a cidade de origem, particularmente com sua casa e seus bens pessoais que certamente contribuem para a evolução de seu tratamento. O documento também ressalta que o risco de eventual contágio por Coronavírus pelo motorista do transporte da saúde são minimizados significativamente com a tomada de cuidados de prevenção. Além disso, a família deverá cumprir um isolamento social enquanto durar a pandemia, compromisso que foi assumido voluntariamente pela mãe.
Por fim, o documento concede a medida de proteção de transporte ao paciente e sua mãe semanalmente sempre que houver agendamento de hemodiálise, sob pena de multa para a prefeitura no valor de R$ 1.500,00 em caso de descumprimento ou atraso.
Nesta manhã de quarta-feira, dia 08, a prefeitura e o Conselho Tutelar entraram em contato com a Vara da Infância e Juventude se comprometendo em adotar as medidas impostas e buscas uma solução da melhor maneira possível. No início da tarde, a mãe foi informada pela Prefeitura que um veículo já estaria a caminho para trazer o Vitor e sua mãe, de volta para sua casa.