A União Internacional de Juízes da Língua Portuguesa (UIJLP), a Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) e a Escola da Magistratura do Paraná (EMAP) fizeram no início do mês a entrega de certificados do curso de formação de magistradas e magistrados moçambicanos, associados à Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) e estendido aos angolanos, que participaram de curso formatado integralmente por juízes paranaenses. O juiz da Vara da Família – Comarca de União da Vitória -, Carlos Mattioli, ministrou o módulo de abertura do curso.
“Foi um privilégio levar nossa experiência para os magistrados de Moçambique e de Angola, especialmente apresentando os projetos de cidadania e a nova formatação de Judiciário que desenvolvemos em União da Vitória”, frisa Mattioli.
A formação, de acordo com a publicação da AMAPAR, foi a primeira ofertada na parceria entre as entidades e concentrou conteúdo voltado às premissas da Ética e dos Direitos Humanos. O curso envolveu 49 juízes de Moçambique. “Para a história”, definiu o presidente do conselho executivo da UIJLP e da AMJ, Carlos Mondlane.
O juiz moçambicano ressalta que a parceria tem o condão de concretizar a aproximação de juízes do espaço lusófono, na partilha de interesses comuns. O objetivo, segundo ele, é de ampliar o alcance desta formação para demais países e magistrados. Visão compartilhada pelo presidente da AMAPAR e secretário-executivo da UIJLP, Geraldo Dutra de Andrade Neto. Ele expressou o grande apreço que tem pela cultura lusófona e a língua portuguesa.
Diretor-geral da EMAP e grande entusiasta da parceria, o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Clayton de Albuquerque Maranhão, definiu o curso como “um projeto grandioso na história da magistratura de língua portuguesa”, comentou. Lembrou, ainda, dos objetivos comuns e que um próximo curso será ofertado à magistratura de Angola.
Os magistrados e magistradas das entidades organizadoras partilharam de emoção na cerimônia de conclusão do curso, com a oportunidade de efetivar a parceria e o sentimento de aproximação da magistratura de expressão portuguesa. Na condição de vogal, o magistrado moçambicano, que é vice-presidente da AMJ, José Macaringue, falou em nome do grupo. Para ele, o curso oferece melhor visão dos temas para a consequente prestação jurisdicional, diante das similaridades entre os judiciários de Moçambique e do Brasil, além dos profundos laços históricos. “Saímos profundamente enriquecidos pelos conhecimentos adquiridos e partilhados”, ressaltou Macaringue.
Texto: Assessoria CEJUSC/Vara da Família com informações divulgadas pela AMAPAR
Imagem: reprodução site AMAPAR