/Combate à evasão escolar segue com trabalho primordial do Conselho Tutelar

Combate à evasão escolar segue com trabalho primordial do Conselho Tutelar

Reunião promovida pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de União da Vitória, com participação da Promotoria e Juizado da Família, Infância e Juventude, abordou questões relativas ao ensino escolar em meio ao cenário de educação remota. Fortalecendo o papel dos Conselhos Tutelares dos municípios que fazem parte da Comarca e atuam diretamente no monitoramento de alunos evasivos do ensino.

De acordo com a chefia do NRE, há um trabalho organizado de atenção e planejamento que monitora cada estudante, por meio dos diretores e equipes pedagógicas. “Tenho acesso às informações repassadas diariamente”, explicou Carlos Alberto Polsin. O chefe do Núcleo Regional de Educação ação reafirmou o compromisso de cada educador, no sentido de dar o suporte necessário às aulas online, por televisão ou através das atividades entregues aos pais e responsáveis.

Os meios utilizados são os canais de televisão, conteúdos disponíveis na internet e para alunos com dificuldade de equipamento ou sem acesso à rede são repassados materiais impressos. “Juntos com os kits de merenda escolar e com apoio das equipes pedagógicas e da direção de cada escola”, disse. Quando um aluno notoriamente deixa de fazer as atividades é feito este contato por parte da instituição e, na sequência repassados para o conselho tutelar.

O trabalho do NRE de União da Vitória é visto como referência no combate à evasão. Referendado pelo Juizado da Família e Promotoria. Num trabalho que funciona em rede e tem papel preponderante dos conselheiros tutelares. O promotor de justiça Julio Ribeiro de Campos Neto destaca este trabalho dos Conselhos Tutelares, que agem justamente para buscar os alunos evadidos e, mais que isso, buscam solução para o retorno ao ensino sem que o aprendizado seja prejudicado.

Na reunião, o promotor sugeriu capacitação sobre o SERP, para conselheiros que assumiram há menos tempo, no sentido de integrar os profissionais no trabalho em rede. “Tal medida permitirá inclusive a troca de experiências entre os conselheiros tutelares, afinal a dúvida de um pode ser a do outro”, opinou. Esta intermediação e busca de caminhos que evitem a evasão escolar, também, foi defendida pelo juiz da Vara da Família, Carlos Mattioli.

O magistrado disse que ninguém faz nada sozinho. “As escolas e os conselheiros tutelares são os dois principais atores neste processo”, observou. Sobre o projeto que existe a mais de uma década, firmado entre o Ministério Público, Vara da Família e NRE é destaque no Paraná e reconhecido em outros estados que o pegam de exemplo. “É um fluxo diferenciado de atendimento, com um olhar mais individualizado e acolhedor para cada aluno, reconhecido e consolidado, de práticas que efetivamente funcionam”, frisou.

Texto: Assessoria CEJUSC/Vara da Família
Imagem: Reprodução da reunião virtual