/Juiz fala sobre superação, postura e cuidados sanitários em meio à Covid-19

Juiz fala sobre superação, postura e cuidados sanitários em meio à Covid-19

Convidado da direção e equipe pedagógica do Colégio Estadual Doutor Lauro Muller Soares, Carlos Mattioli, magistrado da Vara da Família e CEJUSC de União da Vitória, participou de agenda da instituição de ensino, na semana passada. Sua breve palestra focou as formas de ajuda disponibilizadas em meio à pandemia da Covid-19. Para tanto citando exemplos de superação e formas de buscar auxílio em momentos de dificuldade.

Desde o mês de março o Brasil entrou num período de combate sanitário ao Coronavírus e suspensão das aulas. A base de ensino foi transferida para o campo virtual, sem previsão de retorno para o presencial. Por conta disso, já no início deste período do chamado ‘novo normal’, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC) de União da Vitória criou um mecanismo para ajudar estudantes, comunidade escolar e público em geral.

A Rede de Apoio CEJUSC/Coronavírus (RAC) foi criada para oferecer medidas protetivas para a sequência do ensino e manutenção de saúde, sobretudo física e da mente. Ao passo que, por meio da Vara da Família, o juiz acompanha e atua para que os quesitos legais sejam cumpridos. Pelo fato das pessoas estarem mais em suas casas, na convivência familiar, muitos conflitos acabam foi por surgir e carecem de auxílio para superar.

“A proteção da saúde, não apenas física, mas especialmente mental e psicológica. Cuidado de si próprio dos outros. “Qualquer pessoa que precisar de ajuda será atendida e auxiliada”, detalha Carlos Mattioli. “A Rede de Ajuda CEJUSC/Coronavírus – RAC, que faz acolhimento psicológico, já atendeu mais de 300 pessoas desde o início da pandemia” citou aos pais e comunidade escolar o magistrado.

Mattioli observou que de início, o novo vírus deixou as pessoas apavoradas. Depois vieram o desgaste mental e um esgotamento físico que mexe com toda a sociedade. O risco de contrair o Coronavírus existe para todos. Disso a necessidade de cuidar e se proteger. O outro ponto é a questão mental. “Ter afeto consigo e com as pessoas à nossa volta”, opinou. Equilíbrio e respeito por quem tem mentalidade diferente, com bom senso e empatia.

“Se colocar no lugar do outro, solidariedade e compaixão”, é outro conselho. Para superar pensamentos ruins, o juiz mencionou uma técnica que incide sobre a postura de ‘guardar coisas positivas’ – três por dia – e refletir ao final da noite, antes de dormir. Isso equilibra a mente e auxilia para tranquilizar e superar pensamentos ruins. Buscar entender a origem da mentalidade negativa, e superar, bem como evitar o caminho do vício, foram suas dicas.

Tendo como ferramenta a RAC, de acesso público e gratuito, para tratar qualquer tipo de violência, com respaldo do juizado, do CEJUSC e da estrutura. Em casos de urgência e emergência, obviamente que a indicação é ligar para a Polícia Militar – via 190. Situações como o medo, pânico e ansiedade são sentimentos comuns aos seres humanos, em maior ou menor grau. O ponto é entender a frequência e evitar o fator problemático.

Neste contexto que a orientação é de pedir ajuda, buscar pessoa de confiança, chamar melhor amigo. O magistrado citou exercícios mentais, superando erros pessoais e dificuldades, tirar lições para escolher melhor os caminhos e reagir. Somado da ação de estender a mão ao próximo que, em síntese, é o que busca o CEJUSC por meio da RAC. A solidariedade pode e deve ser praticada por todos.

Mattioli avalia que a pandemia vai promover uma verdadeira revolução no ser humano e mudanças de comportamento. O retorno à normalidade somente com a vacina funcionando como barreira de proteção ao contágio. “Isso dará mais segurança às pessoas”. Até então toda ajuda e busca de apoio são importantes diante do cenário. Mantendo o estudo à distância e, em dificuldade, a Rede de Ajuda está à disposição.

O magistrado, ainda, destacou a importância e o trabalho da direção e equipe pedagógica, diretor João Maria Maciel Fidel, professores e servidores que atuam no Colégio Lauro Muller, sendo, ao final, homenageado com um desenho feito uma aluna. Maria Luyza, nesta semana, foi até o prédio do CEJUSC e Vara da Família – acompanhada da pedagoga e professora Solange Alves Pereira e do pai Cristiano Ferreira.

Diante da observação de todos os cuidados de saúde, e de prevenção ao contágio da Covid-19, a estudante entregou um retrato desenhado por ela ao juiz. O desenho foi feito por ocasião da palestra realizada na última semana sobre ‘os cuidados com a saúde mental em tempos de aulas à distância durante a pandemia’. O evento foi virtual com participação da comunidade escolar e do chefe do Núcleo Regional de Educação, Carlos Polsin.

Texto: Assessoria CEJUSC/Vara da Família
Imagem: Reprodução da reunião virtual e arquivo pessoal Carlos Mattioli