/Município registra a primeira centena de mortos pela Covid-19. “Estamos no pior momento da pandemia”, diz secretário da Saúde de União da Vitória

Município registra a primeira centena de mortos pela Covid-19. “Estamos no pior momento da pandemia”, diz secretário da Saúde de União da Vitória

O dia 31 de maio de 2021 entra na história de União da Vitória. Foi nesta segunda-feira, que a cidade registrou cem mortos pela Covid-19. Depois de um 2020 mais pacato (em dezembro eram apenas 13 mortos pela doença), 2021 chegou avassalador. Não é exclusividade da cidade: o retrato de aumento de casos, de morte de jovens e da chegada de uma variante é nítido em todo o País. São vidas interrompidas, histórias que não tiveram final feliz e que perderam a guerra para um inimigo invisível ainda pouco conhecido e que em cada organismo age de um jeito diferente. Não raro, se vê idosos sobreviverem e jovens perdendo a vida em poucos dias. O vírus é letal, cruel e desolador.

A reportagem do Canal4 ouviu o secretário da Saúde do município. Para Fernando Ferencz, a chegada à primeira centena de mortos é fruto, em partes do descaso das pessoas com a violência da doença, especialmente por parte daqueles que deveriam estar em isolamento. “Sem os devidos cuidados, proporcionaram uma carga viral nos contatos e desta forma os pacientes estão chegando com agravo da doença numa fase em que o tratamento tem que ser a nível hospitalar, aonde não dispomos de leitos”, explica. “Consequentemente a taxa de mortalidade tem subido muito”.

O fator “segurança” causado pela vinda da vacina também provou relaxamento nos cuidados. “As pessoas estão negligenciando os cuidados necessários como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos, ocasionando novos contágios”, pontua o secretário.

Vale lembrar ainda, conforme Fernando, que as datas festivas tem sido o gatilho para um volume maior de pessoas contaminadas. No dia 30 de maio, por exemplo, Porto União e União da Vitória tinham 776 casos ativos da doença, “aonde se não houver o devido cuidado desses contaminados na proliferação de contágio, esses números crescerão aumentando a procura por tratamentos hospitalares os quais já estão saturados”.