O Ministério da Saúde alterou as regras para a doação. A partir deste mês, só poderão ser aceitas para cadastro nacional pessoas com até 35 anos, sendo que antes a idade máxima era de 55 anos. Outra alteração é a definição de um limite de novos cadastros anuais por estado. O Paraná pode cadastrar até 10 mil novos doadores por ano.
A lista anterior às portarias do Ministério, não muda. “Quem está na lista e tem mais de 35 anos, poderá coletar a medula até os 59 anos. Quem se cadastrou uma vez, fica disponível. O que reduziu foi a idade para os novos cadastros”, explica o farmacêutico bioquímico do Banco de Sangue de União da Vitória, Alessandro Savi.
As mudanças foram vistas com surpresa por quem idealiza campanhas de doação. Embora ainda achem cedo opinar, profissionais entendem como limitante as novas portarias, já que a compatibilidade que já é rara, se tornará ainda mais difícil. Estima-se que as chances sejam de uma em cada cem mil. A mudança pode estar baseada em uma informação técnica: a medida em que a faixa etária avança, a medula óssea diminui a proliferação de células, o que diminui também a chance de compatibilidade.
Como ser um doador?
Para ser um doador, a pessoa deve procurar o Banco de Sangue mais perto de sua casa e preencher um cadastro. No local, será colhida uma amostra de 5 ml de sangue para fins de análise e realizado o devido registro no Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Caso seja identificado algum paciente compatível com o doador, ele será convocado para coleta de amostra de sangue, para realização de uma rodada de exames de compatibilidade e aptidão para doação.