Uma forte massa de ar polar vai passar a atuar no Sul do Brasil no começo da próxima semana e promete trazer sequência de dias com madrugadas muito frias. O ar polar, associado a ciclone extratropical que trará circulação de nuvens e chance de instabilidade isolada. As informações são do portal MetSul.
Essa massa faz surgir uma possibilidade de nevar novamente, com menor teor do que na onda polar do mês de junho, quando nevou nos três estados do Sul e por três dias seguidos na região, um fato inédito desde a grande onda de frio de julho do ano 2000.
O ar polar desta vez é menos intenso que no final de junho, mas não será por ausência de ar suficientemente frio em altitude que deixaria de nevar neste começo de semana. O grande fator que faz da condição para neve agora limítrofe e marginal é instabilidade, afirma o portal MetSul. Em junho, a neve ocorreu por três dias seguidos porque primeiro se deu na retaguarda de uma frente fria com o ar gelado interagindo com a instabilidade frontal, e na sequência pela circulação de umidade proporciona pela tempestade subtropical Raoni. Desta vez, o cenário é diferente e a chance de nevar está totalmente associada ao ciclone.
Primeiro, o vento forte que se espera no ingresso do ar frio neste domingo deve gerar a formação de nuvens por levantamento vertical quando o vento encontrar o relevo de maior altitude do Nordeste gaúcho. Pela ausência de condição da atmosfera mais instável que alguns modelos sinalizam a chance do fenômeno com o aparecimento da escala.
O modelo norte-americano GFS, por sua vez, sinaliza a possibilidade neve fraca durante as primeiras horas deste domingo no Planalto Sul Catarinense e nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, mas a neve somente é visível no campo de acumulação dos modelos na região dos Aparados da Serra do Rio Grande do Sul.
O cenário, portanto, é muito distinto do que se verificou no final do mês de junho por menor instabilidade atmosférica. Tecnicamente, a possibilidade de nevar não se pode descartar, mas a chance de ocorrer não está entre as mais altas e se vier a acontecer não deve se caracterizar como um evento generalizado e expressivo.