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Tendência do Papa Francisco deixar o comando da Igreja Católica cresce

A morte de Bento XVI e uma carta de demissão assinada, além de pressões internas, sugerem possível renúncia e escolha de novo papa.

Jorge Mario Bergoglio se tornou o chefe maior da Igreja Católica Apostólica Romana assim que Joseph Ratzinger renunciou ao posto de Papa e se afastou do comando. A mudança de Bento XVI para Francisco ocorreu ainda em 2013, na substituição do Papa alemão por um escolhido a partir do continente americano e de origem argentina. As dificuldades de saúde podem gerar mais um Emérito.

Enquanto Bento XVI estava vivo, Francisco até deu declarações de que deixaria o posto e se tornaria emérito, mas isso dificilmente aconteceria enquanto o seu antecessor estivesse vivo e para evitar a existência de dois Papas aposentados. Com a morte de Ratzinger, se abre o caminho para Bergoglio, de 86 anos, reavaliar sua posição e, levando em conta seu estado de saúde debilitado e fragilizado, tomar essa decisão.

Papa Francisco durante funeral de Bento XVI, imagem/reprodução twitter do Vaticano

É o tipo de assunto que pouca gente se arriscaria em falar ou escrever por conta de ser a escolha vitalícia e uma decisão de aposentadoria deve partir do pedido do próprio Papa, ao sentir não ter mais condições adequadas para comandar a Igreja. Com a morte de Ratzinger, de 95 anos, não existe mais essa barreira e, caso deseje, Bergoglio pode renunciar para abrir caminho para nova escolha em conclave.

Há algum tempo já se cogita essa pressão por setores da Igreja e das próprias condições de saúde de Francisco. Dificilmente possa incorrer numa imposição de afastamento do Papa do trono de Pedro, mas há diversos elementos vêm ruindo o papado do argentino. Questionamentos por decisões tomadas e postura diante de determinados assuntos são pontos desfavoráveis para o líder americano.

Não existe nada de oficial por parte do Vaticano e nem a precisão de qualquer pista que pudesse elucidar a decisão.  Ainda em 18 de dezembro do ano passado, Francisco disse que já deixou pronta uma carta de renúncia caso venha a ter problemas de saúde repentinos que o deixem “incapacitado” para a função, numa declaração ao portal espanhol ABC. “Já assinei minha demissão”, afirmou.