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Órgão de controle aprova venda do Parque Eólico de Palmas

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra da Usina Eólica de Palmas, que faz divisa com o município de General Carneiro. A compra pode ser realizada pelo Grupo Electra, que adquiriu também outras 12 usinas de geração elétrica pertencentes à Copel (Companhia Paranaense de Energia). A venda precisa ser aprovada também pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O CADE é uma autarquia do governo federal que atua na defesa da concorrência no Brasil. O órgão é responsável por investigar e decidir sobre questões concorrenciais, e previnir a concentração de poder econômico que restringe a livre concorrência.

Foto: Rafael Drake

A aquisição foi feita pela Intrepid Investimentos e Participações S.A, holding do Grupo Electra, por meio de sua subsidiária integral Electra Hydra. O conglomerado tem sede em Curitiba e operações em todos os estados do Brasil.

A negociação foi divulgada pela Copel no final do mês de novembro, informando a celebração de um contrato de compra e venda da Usina Eólica de Palmas, de uma usina termelétrica e 11 PCH’s (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e CGH’s (Centrais Geradoras Hidrelétricas). No mês de maio, a Companhia havia iniciado um processo de desinvestimento destas unidades geradoras, culminando na venda para o Grupo Electra.

O Parque Eólico de Palmas foi a primeira usina eólica construída no sul do Brasil. Através de estudos realizados em 1995 pelo Projeto Ventar, produzidos pela Copel, foi possível perceber que a região era proveitosa para a instalação de uma usina eólica. Em fevereiro de 1999, a Usina entrou em operação, tendo seus aerogeradores implantados em apenas uma semana, antes de começar suas atividades.

O projeto de construção realizado através da Centrais Eólicas do Paraná (Ceolpar), da qual a Copel detinha 30% e a Wobben Windpower, 70%. Em 2008, a Copel adquiriu a parte da Wobben. Em janeiro de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) oficializou a transferência da concessão da usina para a Copel.

Em 2014, a Copel firmou parceria com a Weg, fabricantes de equipamentos elétricos sediada em Santa Catarina, para ampliar o Parque Eólico de Palmas. A sociedade seria dividida em 87% de participação da fabricante de motores e 13% da Copel. O contrato previa a instalação de dois novos aerogeradores com potência máxima de 2,1 megawatts cada, em Palmas, com previsão de inicio de funcionamento no primeiro semestre de 2015. O projeto, no entanto, não avançou.

Ao jornal Valor Econômico, o presidente do Grupo Electra, Claudio Alves, declarou a usina eólica de Palmas segue operando, mas usa uma tecnologia defasada, já que foi o primeiro parque do tipo do país. Por isso, a empresa vai investir em novas máquinas e estudar se a unidade vai atuar no segmento de geração distribuída ou no mercado livre de energia.

Com informações: Portal RBJ