A reportagem do Canal 4 TV mais uma vez levantou informações em primeira mão sobre mais um caso de destaque da área de segurança pública da região. A Polícia Civil de União da Vitória apreendeu nessa terça-feira, dia 15 de abril, uma menina de apenas 14 anos por ligação com uma organização criminosa que atual à nível nacional.
A menina identificada pelas iniciais “J.S.” é moradora de uma zona rural de Cruz Machado. A Polícia chegou até a garota por meio de uma operação denominada “Adolescência Segura” que investiga um grupo criminoso apontado como responsável por praticar crimes de ódio contra crianças e adolescentes no Paraná e em outros sete Estados. A operação foi marcada pelo cumprimento de vários mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória contra adolescentes infratores.
A adolescente de Cruz Machado foi alvo de um destes mandados de busca e apreensão e internação provisória, o qual foi expedido pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e cumprido pela Polícia Civil de União da Vitória.
O mandado foi cumprido por volta das 07 horas, onde no quarto da adolescente a Polícia localizou e apreendeu no guarda roupas uma tesoura que segundo a própria adolescente foi utilizada para fazer uma incisão (corte) de um sapo. Também foi apreendida uma camiseta verde utilizada como uma espécie de máscara/balaclava que serviu para cobrir o rosto durante gravação de vídeo. A investigação apontou que a menina supostamente teria matado um sapo e ingerido seu sangue à mando da organização criminosa. O celular da menina também foi apreendido e ela encaminhada até a delegacia para as devidas providências.
Investigação
O grupo criminoso que foi alvo da operação nesta terça-feira, a qual culminou na apreensão da adolescente de Cruz Machado, é considerado uma das maiores organizações criminosas do país voltado à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.
A rede criminosa é responsável por diversos crimes graves no ambiente virtual, entre eles:
– Tentativa de homicídio;
– Induzimento e instigação ao suicídio;
– Incentivo à automutilação;
– Armazenamento e divulgação de pornografia infantil;
– Maus-tratos a animais;
– Apologia ao nazismo.
A investigação revelou que o grupo se organizava virtualmente, por meio de plataformas criptografadas como Discord e Telegram, onde promoviam desafios e competições, sempre de crimes de ódio.