A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico resultante de um estado de tensão emocional e estresse crônicos provocados por condições de trabalho desgastantes. Caracteriza-se por exaustão física e emocional, sentimentos de incompetência, despersonalização e perda de sentido em relação às atividades profissionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Burnout como um fenômeno ocupacional e alerta para seus impactos na qualidade de vida, produtividade e saúde geral dos trabalhadores.
A Psicologia, enquanto ciência comprometida com a promoção da saúde mental, desempenha um papel fundamental na prevenção, identificação e intervenção em casos de Burnout. “O que se espera da saúde mental dos colaboradores é, sobretudo, um estado de equilíbrio emocional, capacidade de lidar com os desafios do trabalho, boa adaptação social e percepção positiva de si e do ambiente profissional. Nesse sentido, a Psicologia Organizacional contribui por meio de práticas como programas de saúde mental, acolhimento psicológico, ações educativas, escuta ativa, desenvolvimento de lideranças saudáveis e promoção de um ambiente de trabalho empático e respeitoso”, explica à psicóloga Alexsandra Esteves.

Além disso, a Psicologia considera que a saúde mental não é determinada apenas pelas condições imediatas do trabalho, mas também por aspectos socioculturais, traços de personalidade e padrões comportamentais que interagem de forma complexa. A cultura organizacional, os valores sociais, o grau de apoio comunitário e a estrutura familiar podem influenciar diretamente a forma como o indivíduo lida com o estresse. Por exemplo, ambientes que valorizam a competitividade excessiva ou que negligenciam o bem-estar dos colaboradores tendem a ser mais propensos a gerar adoecimento psíquico.
“Traços de personalidade como perfeccionismo, rigidez, necessidade de controle e alta autocrítica também são fatores de risco, pois levam o indivíduo a assumir cargas excessivas de responsabilidade e a negligenciar seus próprios limites”, ressalta a psicóloga, que completa, “comportamentos como a negação de sintomas, o uso abusivo de substâncias e a incapacidade de delegar tarefas devem ser observados com atenção, pois indicam formas inadequadas de enfrentamento do estresse”.
A identificação precoce de sinais de estresse prolongado, como irritabilidade, distúrbios do sono, queda no desempenho, isolamento social e sentimentos persistentes de fracasso ou desânimo, é essencial para a prevenção da Síndrome de Burnout. Para isso, é necessário que as organizações invistam na capacitação de gestores, na criação de canais seguros de comunicação e na valorização da escuta e do acolhimento psicológico.
“Relaxe após o trabalho da forma que você preferir, com tranquilidade em um universo só seu. Reconecte-se com o Universo Paralelo”.
Portanto, o papel da Psicologia vai além da intervenção em crises: ela atua estrategicamente na construção de uma cultura organizacional saudável, na valorização do ser humano em sua integralidade e no fortalecimento de práticas que promovam o bem-estar e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “Cuidar da saúde mental dos colaboradores é, mais do que uma obrigação ética, uma ação inteligente que impacta diretamente na sustentabilidade e no sucesso das organizações”, finaliza a psicóloga Alexsandra Esteves.
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Alexsandra Esteves – possui graduação em psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2001). Atua como psicóloga clínica – Clínica Inmedi, psicóloga – APAE Paula Freitas, psicóloga da Rede Feminina de Combate ao Câncer, atuando na Unidade Oncológica do Hospital de Caridade São Bráz e Professora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em psicologia Hospitalar e da saúde.Certificada pela Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia.