/Psicóloga Franciele de Oliveira destaca importância do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Psicóloga Franciele de Oliveira destaca importância do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

De acordo com o DSM V, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que acompanha o indivíduo ao longo da vida e se manifesta de forma diversa em cada pessoa.

A psicóloga formada pela Universidade do Contestado (UNC) em 2019, Franciele de Oliveira que atua na Policlínica Alpha em General Carneiro destaca que por trás de todo o diagnóstico há uma pessoa: criança, adolescente, adulto e uma família que está em busca de compreensão, respeito e suporte. “Estamos vivendo em um momento que todos que se não tem um autista na família, ao menos conhece alguém TEA. Dessa forma, falar sobre TEA vai além da técnica e se torna um compromisso social“, enfatizou.

Existem dois alicerces para o diagnóstico:

  1. Déficits persistentes na comunicação e interação social, incluindo:

– Dificuldade na reciprocidade socioemocional;

– Dificuldade em iniciar ou manter interações sociais;

– Deficiência na compreensão e uso de comportamentos não verbais (contato visual, expressões faciais, gestos);

– Dificuldade em desenvolver, manter e compreender relacionamentos.

  1. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, como:

– Movimentos motores ou uso repetitivo de objetos (ex: ecolalia, alinhar objetos);

– Insistência em rotinas, resistência a mudanças;

– Interesses fixos e intensos;

– Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (sons, texturas, luzes, etc.).

Essas características se apresentam de diferentes formas de sujeito para sujeito. Esses sintomas devem estar presentes desde o início do desenvolvimento, embora possam não se manifestar plenamente até que as demandas sociais superem as capacidades individuais.

Contudo, não é raro que o diagnóstico só venha na adolescência ou vida adulta, especialmente em mulheres, pessoas com perfil de suporte leve ou que desenvolveram estratégias de camuflagem“, explicou Franciele.

O diagnóstico de TEA não é simples. Exige uma avaliação clínica minuciosa, que considera tanto relatos familiares quanto observações diretas do comportamento. Não há exame de sangue, tomografia ou teste único que possa identificar o autismo. Por isso, a capacitação dos profissionais e a sensibilidade para reconhecer sinais precoces são fundamentais.

E é justamente aqui que precisamos falar sobre a importância do diagnóstico precoce. Identificar sinais do TEA nos primeiros anos de vida pode fazer uma diferença imensurável no desenvolvimento da criança. Estudos mostram que intervenções iniciadas ainda na primeira infância, com base em evidências, promovem ganhos significativos em linguagem, habilidades sociais, autonomia e qualidade de vida.

Nesse cenário, a intervenção baseada na Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, tem se consolidado como uma abordagem eficaz e ética quando aplicada com responsabilidade. “Como Analista do Comportamento, meu papel é identificar funções do comportamento, ensinar habilidades funcionais e promover a autonomia e a inclusão da pessoa autista nos mais diversos contextos de sua vida sempre respeitando suas características individuais, sua dignidade e seu direito de ser quem é“, explicou Franciele.

Trabalhar com pessoas autistas é, para mim, mais do que uma escolha profissional: é um compromisso com a escuta, com o respeito às diferenças e com a construção de uma sociedade mais justa e acessível“, disse a psicóloga, que complementou. “Cada indivíduo que atendo me ensina que o desenvolvimento não segue um modelo único, e que o sucesso não está em “normalizar”, mas em potencializar capacidades e acolher singularidades“, contou.

Reafirmo a importância de uma atuação interdisciplinar, sensível e baseada em evidências. E mais ainda: de uma escuta ativa e constante da própria pessoa autista, de suas famílias e de suas vivências“, finalizou.

Franciele de Oliveira é psicóloga formada pela Universidade do Contestado (UNC) em 2019, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental para crianças e adolescentes. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental para crianças e adolescentes e especialista em Análise do Comportamento Aplicada ABA para intervenção ao transtorno do espectro autista. Também está se especializando em transtorno do espectro autista e transtornos do neurodesenvolvimento.

Franciele é mãe atípica e atende em dois endereços. Em União da Vitória atende na TÊMENOS Clínica de Psicologia e em General Carneiro na Policlínica Alpha. Em breve também estará no novo espaço TEAuxiliando desenvolvimento humano.

Sobre a Policlínica Alpha

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