As irmãs Vanessa e Valéria de Oliveira foram condenadas pelo assassinato da adolescente Jaqueline Francione Ferreira de apenas 16 anos e pela tentativa de homicídio de Elaine de Lara Francione, ocorrido em maio de 2024 em frente ao Destacamento Policial de General Carneiro. O julgamento durou dois dias, começando na quarta-feira pela manhã e terminando na tarde desta quinta-feira, dia 12, por volta das 16h.
As irmãs Oliveira foram condenadas à 27 anos de prisão cada uma delas, sendo ambas condenadas em todas as acusações. As duas que já se encontravam presas desde o dia do crime, seguem cumprindo a pena em regime fechado.
O julgamento realizado no Fórum de União da Vitória foi marcado por vários momentos de emoção por parte de familiares das vítimas. Na manhã de quinta, a irmã da adolescente morta passou mal e precisou ser socorrida pelas equipes do SAMU e Bombeiros.
Durante o julgamento, foi apontado que Valeria foi a responsável por golpear as vítimas com a faca e que teria contado com a ajuda da irmã Vanessa para conter as vítimas. A motivação dos fatos teria sido intrigas antigas envolvendo outros familiares. Ambas as partes também trocaram acusações de injúrias raciais.
Elaine de Lara Francione, tia da adolescente morta e que também foi esfaqueada na ocasião prestou depoimento, afirmando que foi esfaqueada ao tentar defender a sobrinha de 16 anos. Elaine precisou passar por cirurgia, perdeu parte de um rim e ficou hospitalizada.
Em seus depoimentos familiares lamentaram a perda. “Como tem coragem de tirar a vida de uma criança?”, “ela era muito sonhadora, quando fizesse 18 anos queria morar sozinha e queria ser Bombeira”, “hoje ela não está mais aqui, nossa vida não está sendo fácil”.
As acusadas também prestaram depoimento. Valéria assumiu a autoria do crime e alegou que não conhecia a adolescente até o dia do crime. Ela também disse estar arrependida. Já a irmã, Vanessa negou a participação, disse que apenas se defendeu de familiares e em certo momento levantou o tom contra os advogados de acusação que questionaram alguns pontos de seu depoimento.
O defensor público das acusadas buscou defender no julgamento a legítima defesa, questionando depoimentos de policiais, no entanto, a tese não foi considerado pelos jurados que optaram pela condenação das irmãs.
“JUSTIÇA“ Os advogados de acusação, concederam entrevista ao Canal 4 ao final do julgamento e esboçaram o sentimento de dever comprido com a condenação das rés afirmando que a justiça foi feita. VEJA O VÍDEO: