/Todos os municípios do Paraná aderem ao segundo ciclo da lei Aldir Blanc

Todos os municípios do Paraná aderem ao segundo ciclo da lei Aldir Blanc

No primeiro ciclo, que teve 98,7% de adesão municipal, Paraná recebeu R$ 161 milhões para o período 2023-2024, com R$ 73,5 milhões para o estado e R$ 87,5 milhões aos municípios.

O estado do Paraná e seus 399 municípios aderiram ao segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (2025-2029). Eles enviaram os Planos de Ação e se somam à maior política pública contínua de fomento cultural já implementada no país. No primeiro ciclo, entre 2023 e 2024, o Paraná teve adesão municipal de 98,75% e recebeu repasse de R$ 161,04 milhões, sendo R$ 73,55 milhões para o estado e R$ 87,5 milhões para os municípios.

Do total, R$ 104,62 milhões já foram investidos pelo estado e municípios nas ações previstas, o que corresponde a 64,97% do montante disponível. Os municípios utilizaram R$ 58,74 milhões (67,13%) e o estado, R$ 45,88 milhões (62,39%).

No estado, mais de R$ 57,39 milhões foram destinados a ações de fomento cultural, de acordo com o Plano de Ação apresentado no primeiro ciclo. Outros R$ 7,36 milhões devem ser empregados em Pontos de Cultura; R$ 3,3 milhões em obras, reformas e aquisição de bens culturais, e R$ 1,83 milhão em Pontões de Cultura.

A capital, Curitiba, executou 88,63% do montante recebido por meio da Aldir Blanc. A cidade recebeu R$ 11,37 milhões e usou R$ 10,07 milhões em ações culturais. Entre os projetos do estado está um álbum audiovisual, chamado O Poder da Arte. O álbum propõe interação entre artistas imigrantes haitianos e artistas locais de Curitiba, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural e valorizar a diversidade. O álbum tem cinco músicas originais, que misturam ritmos como reggae e samba, além de influências afro-caribenhas.

NACIONAL – Em todo o país, dos R$ 3 bilhões disponíveis para o primeiro ciclo, R$ 1,81 bilhão já foram gastos, ou 60,41% do total. Os municípios já utilizaram R$ 954 milhões dos R$ 1,49 bilhão disponíveis, e os estados empregaram R$ 858,38 milhões, o equivalente a 56,84% dos R$ 1,51 bilhão recebidos.

REGIÕES – A região Sul foi a que mais executou recursos da lei Aldir Blanc no primeiro ciclo. Dos R$ 413,68 milhões recebidos por estado e municípios, R$ 299,39 milhões (72,37%) foram empregados em ações culturais. Na sequência aparecem a região Sudeste (R$ 1,13 bilhão e 61,05% executados); a Norte (R$ 324,37 milhões e 60,29%); a Nordeste (R$ 902 milhões e 56,80%) e a Centro-Oeste (R$ 232,28 milhões e 50,25%).

SEGUNDO CICLO – Todas as unidades da Federação e 5.568 municípios aderiram ao segundo ciclo da Aldir Blanc, que prevê o repasse de R$ 12 bilhões para todo o país até 2029. São recursos federais anuais de até R$ 3 bilhões a cada ciclo, disponíveis para investimentos em ações como fomento direto, apoio a Pontos e Pontões de Cultura, manutenção de espaços culturais e obras de infraestrutura.

Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, os números reafirmam o compromisso da pasta com a nacionalização dos recursos e a democratização do acesso às políticas culturais. “É uma adesão histórica. Cultura é direito e também um pilar estratégico do desenvolvimento social e econômico. Estamos vivendo a maior mobilização cultural da história do Brasil. Isso mostra que a cultura é prioridade para os governos federal, estaduais e municipais e que estamos construindo, juntos, uma política sólida, estruturante e transformadora para todo o país.”

AÇÕES – Com os recursos da Aldir Blanc, os entes federativos podem implementar ações públicas por meio de editais e chamamentos de fomento direto, beneficiando diretamente os trabalhadores da cultura, entidades, pessoas físicas e jurídicas que atuam na produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, incluindo o patrimônio cultural material e imaterial.

Um exemplo de aplicação desses recursos é a execução de ações voltadas para construção, manutenção e ampliação de espaços culturais, bem como aquisição de bens culturais. O ente pode direcionar esses recursos para aprimorar espaços como cinema, teatro, museu e biblioteca do município. Dessa forma, terá a flexibilidade de utilizar os recursos para fomentar ações culturais nesses locais, ou até mesmo realizar diretamente obras, promover reformas e adquirir itens que contribuam para a melhoria e desenvolvimento desses locais culturais.

CULTURA VIVA – Municípios que recebem valores iguais ou superiores a R$ 360 mil devem investir, no mínimo, 25% dos recursos na implementação da Política Nacional de Cultura Viva, uma iniciativa que busca reconhecer e apoiar atividades culturais já existentes, incentivando a participação social, a colaboração e a gestão compartilhada de políticas públicas culturais. Para aqueles com valores inferiores, não há percentuais vinculantes. Estados e o Distrito Federal devem destinar até 25% para a construção de CEUs da Cultura, que são centros culturais comunitários que promovem expressão corporal, educação cidadã, arte, educação, trabalho, renda e sustentabilidade ambiental. Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República