A olericultura é a produção de hortaliças que é feita geralmente em propriedades agrícolas familiares e até mesmo em áreas urbanas, como hortas comunitárias, hortas domésticas e jardins verticais para consumo humano. Entre as principais culturas estão a alface, tomate, cenoura, batata, cebola e brócolis.
De acordo com a professora doutora Karla Bianca de Almeida Lopes Torres, (professora de Olericultura) docente do curso de Agronomia da Universidade Unopar Anhanguera de Arapongas – PR, o seu cultivo pode ser na forma convencional, orgânica, hidropônica ou protegida, e requer menos espaço e recursos em comparação com a produção de culturas de grãos ou animais, fator que reduz o impacto ambiental. Além disso, Karla Bianca aponta que esse tipo de produção instiga práticas sustentáveis, como o uso de adubos orgânicos, a rotação de culturas e a conservação do solo.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a olericultura representa 20% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), faturando em média R$ 269 bilhões por ano no país.
A estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, aponta para uma colheita de 45,2 milhões de toneladas no Paraná em 2025. Esse volume poderá representar acréscimo de 20,5% em relação as 37,5 milhões de toneladas produzidas em 2024, sendo o maior aumento relativo entre os estados das regiões Sul e Sudeste. O
Paraná também deve chegar a 14% da fatia nacional de produção. Todas as Unidades da Federação devem produzir 322 milhões de toneladas neste ano.
Por fim, Karla Bianca de Almeida Lopes Torres aponta alguns benefícios da Olericultura. Confira:
Nutrição e Saúde: As hortaliças são ricas em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, essenciais para uma dieta equilibrada e saudável. O consumo regular de hortaliças ajuda a prevenir doenças crônicas, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares;
Geração de Emprego e Renda: A olericultura é uma atividade agrícola que pode gerar empregos e renda para muitas famílias, especialmente em áreas rurais. A produção e comercialização de hortaliças envolvem diversas etapas, desde o plantio até a colheita e a venda, criando oportunidades de trabalho em toda a cadeia produtiva;
Redução do Uso de Defensivos Agrícolas: A prática de técnicas de cultivo orgânico e agroecológico na olericultura pode reduzir significativamente o uso de defensivos agrícolas, diminuindo a contaminação do solo, da água e dos alimentos. Isso contribui para a saúde dos agricultores e dos consumidores, além de preservar a biodiversidade;
Redução da Pegada de Carbono: A produção de hortaliças reduz a necessidade de transporte de longas distâncias, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a olericultura pode ser integrada a sistemas agroflorestais, que sequestram carbono e contribuem para a mitigação das mudanças climáticas;
Promoção da Biodiversidade: A diversidade de espécies cultivadas na olericultura contribui para a manutenção da biodiversidade agrícola. A variedade de hortaliças cultivadas pode atrair polinizadores e outros organismos benéficos, promovendo um ecossistema mais equilibrado e resiliente. Assessoria de imprensa – Anhanguera: Deiwerson Damasceno e Carolina Pinho