A 5ª edição da Frühlingsfest – Festa das Flores e Etnias de Porto União consagrou-se como um dos principais eventos da região, reunindo 4,5 mil pessoas em 35 horas de programação, entre 9 e 12 de outubro no Instituto Cultural Grünenwald. Com entrada gratuita e medidas de acessibilidade, a festa conquistou uma vaga no calendário oficial da Secretaria do Turismo de Santa Catarina.
A capacidade de envolver diferentes públicos foi destacada pela presidente do Instituto Cultural Grünenwald, Irene Weber. “A organização da nossa festa foi elogiada e ficamos felizes por termos atraído o nosso fiel público, e também pessoas que estiveram pela primeira vez no Instituto”.
Entre o público fiel, estavam as amigas Marlene Brandt, de Porto Vitória, e Benevenuta de Souza, de União da Vitória, que compareceram pelo terceiro ano consecutivo. Para elas, o evento já se tornou um ponto de encontro. “A gente gosta do ambiente, é bem familiar, tem música boa e a gente se sente bem”, disse Marlene.
A coordenadora de Turismo do Instituto Grünenwald, Rainilda Fraislebern, ressaltou que a festa promoveu visibilidade às diferentes expressões culturais. “Aqui não é um instituto somente alemão, é um instituto das etnias, e a participação de várias culturas nos enche de orgulho”, afirmou.
Atividades destacaram diversidade étnica
Entre os momentos que trouxeram maior diversidade à programação, destacaram-se a roda de conversa sobre Patrimônio Imaterial e Resistência Cultural no Contexto do Contestado e a oficina de confecção de Instrumentos Indígenas. Ambas as atividades deram visibilidade à presença das etnias Indígena e Cabocla na região.
Na roda de conversa, o professor e pesquisador do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus de União da Vitória e coordenador do projeto Acervo e Centro de Pesquisa Histórica de União da Vitória, Vitor Gregório, destacou a importância de o povo Caboclo ser reconhecido como uma das etnias que formam a identidade das cidades gêmeas do Iguaçu.
De modo similar, Roni Engel, que facilitou a oficina de confecção de Instrumentos Indígenas, comentou: “o nosso povo foi formado também de nações indígenas, assim como foi formado descendentes de italianos, alemães e poloneses, entre outras. Por isso, é uma alegria poder compartilhar um pouco de conhecimento dessas nações dentro da Frühlingsfest”.
Para a assistente social Luana Hermann, que participou da oficina em sua primeira visita ao evento, a experiência foi significativa. “Eu espero que seja o primeiro pontapé para mostrar quantas culturas há na nossa região. Então eu fiquei muito feliz em ter vivenciado essa oficina e achei o espaço do Instituto fantástico”, frisou.
A Festa das Flores e Etnias foi realizada pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos do Governo Federal e da Política Nacional Aldir Blanc, reforçando seu papel na celebração das raízes e identidades culturais locais.