Uma situação grave envolvendo a administração municipal de Cruz Machado chamou atenção na região nesta semana. Agentes da fiscalização do Instituto Água e Terra (IAT) – Escritório Regional de União da Vitória (ERUVI) flagraram máquinas da Prefeitura sendo utilizadas em Área de Preservação Permanente (APP) e ainda foram ameaçadas de morte ao intervir no ato ilegal.
De acordo com informações apuradas, a equipe era formada exclusivamente por mulheres, as quais no local foram recebidas com extrema agressividade. A hostilidade se agravou ainda mais evoluindo para ameaças de morte.
A Administração Municipal em decorrência do crime ambiental previsto na Lei nº 9.605/1998 que trata sobre a intervenção em área de preservação permanente, foi autuada e responderá pelo ocorrido.
O terreno em que à máquina estava trabalhando seria do sogro do atual vice-prefeito de Cruz Machado, ou seja, um local privado que estava utilizando o maquinário público. O proprietário também foi autuado por este crime e também vai responder por Obstrução de Fiscalização, conforme previsto no artigo 77 do Decreto Federal 6514/2008, por impedir a ação da equipe.
Durante o atendimento da denúncia anônima, as agentes do IAT foram ameaçadas. Um homem que estava no local teria afirmado que “mataria as agentes” e ameaçou “fechar os portões” para impedir a saída. O proprietário teria declarado que preferia ser atendido por homens, alegando que, dessa forma, poderia “resolver no soco”, além de proferir outros insultos intimidatórias contra as agentes.
VEJA O VÍDEO:
Além das multas administrativas, a situação também mobilizou a Polícia Civil em decorrência das ameaças. Foi registrado um boletim de ocorrências e os autores terão de responder pelos crimes registrados neste lamentável episódio.
A prefeitura municipal de Cruz Machado não se manifestou publicamente sobre a autuação em razão do crime ambiental em que o maquinário público esteve envolvido. Também não explicou o motivo da máquina da prefeitura estar sendo utilizado na propriedade privada do familiar do vice-prefeito.
Em contato com o presidente do Instituto Água e Terra (IAT) do Estado do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza, disse estar ciente da situação e que irá se pronunciar nesta sexta-feira sobre o caso.