A gestão do dinheiro, é mais importante que o dinheiro? Está chegando à hora de pagar o DÉCIMO TERCEIRO, com certeza todo o empresário que faz uma Gestão Financeira eficaz, já está com esse dinheiro disponível para pagar a primeira e a segunda parcela de 2025.

Infelizmente essa não é a realidade da maioria das empresas brasileiras, apesar de todo empresário saber que deve honrar esse compromisso, no final do ano, eles não se preparam para esse desembolso.
Seguindo a legislação dia 20/11, deve ser pago a primeira parcela, então começa a correria desesperada de como levantar dinheiro para cumprir com essa obrigação. Uma coisa é certa, se você não tem esse dinheiro, vai recorrer a antecipar recebíveis, sejam cartões, cheques boletos, ou fazer empréstimos, ou ainda pior recorrer a agiotas.
A pergunta de um milhão é: você tem métricas para mensurar quanto isso corroeu do seu lucro? “Quem não mede, não controla, quem não controla não gera CAIXA”, simples assim.
A grande pergunta é: por que isso acontece todos os anos?
Vivemos num país onde a grande maioria das pessoas primeiro gasta, para depois ver como vai pagar. Dentro dessa realidade vamos apresentar algumas formas de como o brasileiro se endivida.
– Para valores mais relevantes, a grande preocupação das pessoas é com o valor da parcela, se ela couber no bolso, está fechado o negócio, independente de quanto está embutido de juro na negociação. Isso demonstra que as pessoas não se preocupam com o valor final do produto, mas sim em satisfazer aquele desejo imediato de comprar na hora.

– Uma arma potencial nas mãos das pessoas que não tem uma boa educação financeira e, além disso, compra por impulso é o “cartão de crédito”, pois não precisa nem puxar o gatilho, é só aproximar da maquininha, que o crime está concretizado, ou seja, a dívida está contraída e o produto comprado, um grande momento de alegria.
Mas essa alegria dura pouco, pois a fatura vai chegar, e não vai ter dinheiro para pagar. Mas não tem problema, usa-se da criatividade. A própria operadora vai te ajudar a resolver esse problema de forma paliativa, pois ela te apresenta duas formas prática que com alguns cliques, você resolve. Mas aí vem uma grande dúvida, pago o valor mínimo da fatura ou reparcelo em algumas parcelas?
Independente da decisão, em termos financeiros, nenhuma opção é viável. A não ser para iniciar um processo de endividamento no curto, médio ou longo prazo.
– Buscar empréstimos consignados, por ser um juro mais barato, onde muitas vezes poderia ter outras formas de resolver o problema, sem precisar se endividar. Dentre tantas outras formas usuais praticadas em nosso país que vão levar as pessoas a um endividamento.
Temos pouquíssimas oportunidades, não aprendemos a lidar com dinheiro, ou seja, não tivemos uma educação financeira, propriamente dita.
Nesse cenário crescemos e não aprendemos em quanto pessoa física, a lidar com as nossas finanças. “O problema não é quanto você ganha, mas sim o que você faz com o que ganha”. Sabemos que a situação econômica do país, contribui para o endividamento dos brasileiros.

Trazemos algumas informações levantadas por órgãos oficiais, para apresentar maior clareza a todos, que de alguma forma, faça sentido. A combinação de salários baixos, juros altos e custo de vida elevado estão levando as famílias brasileiras ao endividamento. O último levantamento do Banco Central (BC) aponta que as famílias já comprometem cerca de 30% da renda com dívidas, onde 28% das famílias já admitem não ter capacidade de pagar as suas dívidas.
Segundo Serasa e CNDL: em setembro/25, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 71,86 milhões, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Legistas (CNDL) e do serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil.
É curiosa essa falta de cuidado com o dinheiro na grande massa de brasileiros, pois vemos pessoas na faixa etária entre 40/50 anos, que sempre tiveram uma renda em torno de três salários mínimos, que tem a sua casa, o seu carro, “pago” e ainda tem um dinheirinho na poupança. Em contra partida vemos outras pessoas na mesma faixa etária e que sempre tiveram uma renda superior a cinco salários mínimos, que pagam aluguel, tem seu carro financiado, e está nas estatísticas do Serasa.
Muitas destas pessoas endividadas sonham em empreender, o que não tem nada de errado nisso, mas o problema é que, essa cultura de não saber lidar com o seu dinheiro como pessoa física, infelizmente, vai levar para a pessoa jurídica também.
Então as pessoas vão empreender com a cara e a coragem, sem um planejamento, sem um plano de negócio, sem um estudo de mercado, sem saber se é viável ou não o seu negócio, sem saber quanto de capital será necessário investir no negócio e quanto precisará de capital de giro.
Para tudo na vida nós precisamos nos preparar para alcançarmos nossos objetivos, por exemplo: passar num vestibular, passar num concurso público, etc. Mas para empreender no Brasil não se faz nenhuma exigência, isso facilita que pessoas, mesmo sem preparo venham a empreender com a cara e a coragem.
Para defender um cliente em um júri, o advogado precisa ter formação em direito e passar no exame da ordem (OAB), Para fazer uma cirurgia o médico tem que ter a formação comprovada, para edificarmos uma casa ou apartamento, precisamos ter um engenheiro com formação comprovada para assumir as responsabilidades pela obra.
Mas para empreender no Brasil, você não precisa apresentar nenhum diploma ou certificado. Resultado: as pessoas vão empreender com a cara e a coragem e apostam que vai dar certo.
Quando você começa a empreender só com a cara e a coragem, você pode até sobreviver por algum tempo com os conhecimentos que tem. Mas se quiser competir no mercado vai ter que buscar muito conhecimento, pois vivemos numa guerra comercial e muitas vezes desleal e você precisa sobreviver a tudo isso, e tornar sua empresa produtiva, competitiva e lucrativa, para não entrar num estado de insolvência e nas estatísticas do Serasa.

Quantas empresas estão endividadas no Brasil?
A Serasa aponta recorde histórico, com 6,5 milhões de empresas negativadas, somando R$ 112,9 bilhões em dívidas, dentro desse cenário vamos apresentar algumas formas de como os empreendedores brasileiros se endividam:
– Como ele não planejou nada, nem mesmo os investimentos pré-operacionais e o quanto precisaria de dinheiro, a chance de faltar dinheiro é muito grande. Aí começa o problema, pois é uma empresa nova que ainda não tem histórico de faturamento, nem de solvência dos seus compromissos, onde não existem parâmetros para definir um lastro possível de ser concedido e se for, com certeza vai ser com as taxas mais caras do mercado. Novamente vem a cultura da pessoa física incorporando na pessoa jurídica, desde que a parcela caiba no caixa da empresa está tudo certo. Isso tudo calculado no empírico, assim assumem-se dívida.
– Pela falta de conhecimentos de gestão financeira ele mistura as contas da PF com a PJ e não vê nenhum problema, pois a empresa é dele. Nessa realidade ele retira muito mais dinheiro da empresa do que ela pode pagar, mas como não existe nenhum tipo de controle ele não percebe isso. “PRÓ- LABORE”, não é quanto o empreendedor quer retirar, mas sim o quanto a empresa pode pagar”. No início muitas vezes não pode pagar nada. Assim ele começa a sabotar a sua própria empresa.
– A empresa compra em 30 dias e na ânsia de fazer caixa vende no cartão para 30/60/90/120 dias. Isso significa que ela vai precisar pagar os fornecedores sem ter recebido dos seus clientes, para ter essa prática precisaria de um volume muito grande de capital de giro, que não é caso.
– Como vai faltar dinheiro ele vai antecipar as vendas feitas em cartões, boletos ou cheques, isso significa que essa prática vai corroer um pouco mais do seu lucro, se tiver.
– Mas se tiver boletos que não foram pagos, automaticamente ele vai ter que recomprar esses boletos, mas uma vez, será corroída a sua margem de lucro.
Essas práticas, dentre tantas outras, vão se tornando normal dentro da empresa e pela falta de controle o empreendedor não tem noção do custo financeiros da sua empresa, o que na maioria das vezes leva a empresa a encerrar suas atividades.
Infelizmente, quando essas empresas fecham, muitas vezes precocemente acabam deixando um passivo muito grande para traz, pois acabam não pagando o aluguel da sala/barracão alugado, não pagam seus fornecedores, não pagam seus colaboradores, não paga os tributos devidos, e normalmente ficam endividados e acabam muitas vezes deixando outras pessoas que contribuíram de alguma forma para levantar dinheiro, com restrição em seu nome e com dificuldades para receber seus haveres.

Essa realidade é assim em todo o mundo
Em alguns países você não vai empreender só por que você quer você precisa cumprir com as exigências governamentais, para se habilitar a abrir o seu negócio.
Você precisa passar por três anos de estudos, onde você vai aprender a fazer um estudo de mercado, elaborar um plano de negócio, um planejamento estratégico, a precificar seus produtos/serviços, dentre tantos outros conhecimentos dentro do mundo organizacional.
No último ano você vai aprender tudo sobre a gestão do segmento que você pretende empreender, por exemplo: padaria, salão de beleza, farmácia, indústria, restaurante, oficina mecânica, assim por diante.
No término do curso você vai receber um certificado e sai com um plano de negócio prontíssimo da tua empresa, que podemos chamar de avalista do quanto de dinheiro você precisa para investir, pois todos os estudos de viabilidade do negócio, margem de lucro, margem de contribuição, rentabilidade, retorno dos investimentos foi profundamente estuda e calculada durante o curso, o que gera a credibilidade para a instituição financeira liberar a quantia de numerário que tua empresa vai precisar.

O risco de uma empresa, nesses países não dar certo é de 3% contra 80% no Brasil.
Empreender é a forma que temos de conquistar a liberdade pessoal e financeira, pois somos o piloto da nossa empresa, e devemos ter a consciências de que os resultados bons ou ruins, são nossos.
A partir do momento que você se conscientizar de que precisa controlar cada centavo que entra e saí da sua empresa, criando métricas para mensurar tudo, você passa a dar maior valor ao seu dinheiro, fica mais contido em perder dinheiro, principalmente se for pagando juros e multas ou por estar antecipando recebíveis.
Esse seu novo comportamento, passa a proporcionar um aumento significativo no seu caixa, provocando cada vez mais cuidadoso com o seu dinheiro, isso é ótimo.
“Quem não mede, não controla, quem não controla, não gera CAIXA”













