Com informações da Dra. Natália S. Kliemann Sebben, médica patologista.
O câncer infantil segue sendo a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). As projeções apontam para 7.930 novos casos ao ano até 2025, reforçando a urgência de ações de conscientização e detecção precoce. Em 2008, o país instituiu o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado em 23 de novembro, com o objetivo de sensibilizar a população e ampliar o debate sobre diagnóstico precoce e acesso ao tratamento.

Câncer infantil: um conjunto de doenças silenciosas
Diferentemente dos tumores em adultos, o câncer infantil não está associado a hábitos de vida ou fatores ambientais. Ele se caracteriza pela proliferação descontrolada de células anormais, podendo se manifestar em praticamente qualquer parte do corpo.
Entre os tipos mais frequentes estão:
Leucemias, que afetam os glóbulos brancos.
Tumores do Sistema Nervoso Central, que acometem cérebro e medula.
Linfomas, que atingem o sistema linfático.
Outros tumores também preocupam especialistas por sua incidência significativa na infância e adolescência:
Neuroblastoma – geralmente localizado na região abdominal.
Tumor de Wilms – tipo de tumor renal.
Retinoblastoma – afeta a retina.
Tumores germinativos – originados nas células que dão origem a ovários ou testículos.
Osteossarcoma – tumor ósseo, comum em jovens em fase de crescimento.
Sarcomas – atingem partes moles, como músculos.
Possibilidade de cura chega a 80% quando há diagnóstico precoce

Apesar da gravidade, o câncer infantil apresenta elevados índices de cura quando identificado a tempo. Especialistas destacam que o diagnóstico precoce permite tratamentos mais eficazes e com menores sequelas.
“A maior barreira ainda é a identificação dos primeiros sinais, que muitas vezes se confundem com doenças comuns da infância. Por isso, o acompanhamento regular com o pediatra é indispensável”, explica a Dra. Natália S. Kliemann Sebben, médica patologista.

O pediatra é o profissional capacitado para detectar alterações suspeitas e encaminhar a criança rapidamente para investigação e tratamento em centros especializados.
Sinais que merecem atenção
Os sintomas iniciais do câncer infantil podem ser sutis. Pais e responsáveis devem procurar atendimento médico sempre que notarem:
Palidez persistente
Manchas roxas sem causa aparente
Dor frequente nas pernas
Caroços e inchaços indolores
Perda de peso inexplicável
Aumento do abdômen
Dor de cabeça recorrente
Sonolência excessiva ou alterações no comportamento
Segundo a Dra. Natália, qualquer mudança incomum deve ser motivo para avaliação. “O olhar atento da família e o acompanhamento pediátrico são fundamentais para salvar vidas.”

Conscientização é a principal arma
Campanhas de informação e iniciativas de capacitação de profissionais de saúde têm sido aliadas na luta contra o câncer infantil. A criação do Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil reforça a importância da vigilância constante e do acesso ao diagnóstico precoce, que pode fazer toda a diferença no desfecho da doença.
Abordado por Dra. Natália S. Kliemann Sebben
Médica Patologista
CRM – SC 15760 | CRM – PR 26522
RQE – SC 11044 | RQE – PR 3056














