A mulher de 26 anos de idade, identificada pelas iniciais “A G.” que matou com golpes de facão Juliano Cunha Araújo, de 48 anos na madrugada desta segunda-feira, dia 01, ganhou liberdade no meio da tarde, após passar por audiência de custódia.

De acordo com informações, a jovem que é representada pelo escritório de advocacia Daldin Santos passou pela audiência de custódia, onde o Juiz decidiu pela sua soltura. Ela não vai precisar usar tornozeleira eletrônica, terá apenas que comparecer bimestralmente para assinar o livro de controle na Justiça, uma medida cautelar imposta que visa manter o acusado sob fiscalização judicial, garantindo que ele permaneça à disposição da Justiça durante o processo.

Conforme os advogados, não havia motivos para que a mulher seguisse detida, uma vez que, ela contribuiu de todas as maneiras com as autoridades de segurança pública. Foi ela quem fez o acionamento da Polícia por ligação. Ela também entregou o facão utilizado no crime e se manteve no local, prestando todas as informações necessárias.

Além disso, ela alega ter agido em legitima defesa. A mulher relatou para a Polícia que o homem chegou ao local durante a madrugada, descumprindo uma medida protetiva e passou a xingar e ameaçar a sua mãe. Em determinado momento, o homem passou a agredir a mulher, fazendo com que a jovem reagisse na tentativa de defender a mãe.

O homem que foi morto tinha um relacionamento com a mãe da autora, o qual já teria chegado ao fim há algum tempo em razão de ser vítima de violência doméstica. Em setembro deste ano, um episódio de agressão já havia sido registrado, onde a Justiça decretou uma medida protetiva em desfavor do homem, a qual foi descumprida durante essa madrugada.

Para a Polícia, a mulher afirmou que agiu de tal maneira porque acreditava que se não fizesse o homem retornaria para matá-la ou matar sua mãe. A Polícia também averiguou que a cena do crime era compatível com os fatos narrados pela mulher.