Motoristas que circulavam pela rodovia BR-153 em General Carneiro e nas regiões de Irati e em São Miguel do Oeste, do lado catarinense se surpreenderam na noite desta quinta-feira (18), ao ver um rastro brilhante cortando o céu. A explicação é bem simples, conforme o Observatório Heller & Jung, o fenômeno foi provocado por mais um lançamento da constelação Starlink.
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De acordo com o site G1, a SpaceX colocou novos satélites em órbita usando o foguete Falcon 9, em uma missão que partiu da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.
Mas por que um satélite lançado na Califórnia pode ser visto na região?
A razão pela qual objetos lançados ao espaço podem ser vistos em diferentes pontos do planeta está ligada à combinação de altitude, velocidade e iluminação solar.
Satélites não têm luz própria. O brilho que vemos é a luz solar refletida por suas superfícies. Como eles estão a centenas ou milhares de quilômetros de altura, continuam iluminados pelo Sol mesmo quando, para quem está no solo, já é noite.
Em órbita baixa, como a dos satélites Starlink ou da Estação Espacial Internacional, a velocidade é de cerca de 27 mil km/h. Isso faz com que cruzem o céu rapidamente e possam ser observados em diferentes países em questão de minutos.

Quanto maior a altitude, maior a área da Terra que consegue enxergar o objeto. Em alguns casos, é possível vê-los a até 500 km de distância da trajetória.
Satélites geoestacionários, que ficam a cerca de 36 mil km de altura, permanecem “parados” em relação à Terra, garantindo visibilidade contínua de quase um hemisfério inteiro.
Logo após o lançamento, os satélites permanecem próximos uns dos outros, formando uma espécie de “linha brilhante” no céu. Isso acontece porque eles compartilham a mesma órbita inicial, estão em baixa altitude e refletem bastante luz solar, especialmente quando os painéis solares estão posicionados para captar energia.
Os satélites da Starlink ficam em órbita terrestre baixa, a uma altitude de cerca de 550 quilômetros, o que significa que eles estão próximos da Terra (inclusive, é possível vê-los daqui), tornando o envio de sinal bem mais rápido. Para comparação, os satélites geoestacionários ficam a uma distância de 35 mil km. Segundo a Starlink, os satélites se movem automaticamente para evitar colisões com lixos espaciais. Também há sensores de navegação para que os equipamentos possam encontrar a melhor localização, altitude e orientação para envio de sinal de internet.














