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Depois do petróleo, inflação global terá um novo vilão: óleo de cozinha

A disparada da inflação já possuí um novo vilão global: é o óleo de cozinha que já registra altos preços. Maior exportador do mundo de óleos vegetais, a Indonésia, vai suspender parte de suas vendas a partir desta quinta-feira, dia 28 de abril, em razão a protestos de rua contra a alta dos preços de alimentos e a à falta do produto em supermercados no país.

O país exporta todos os anos 30,5 milhões de toneladas de óleo vegetal, ou mais de um terço das vendas globais. Seu principal produto é o azeite de dendê – ou óleo de palma -, geralmente usado como tempero no Brasil, mas muito usado na preparação de alimentos em países de menor renda, tanto na Ásia como na África.

Nesta quarta-feira, o azeite de dendê saltou 10%. No mês, já acumula alta de 23%. O rival mais próximo do dendê é o óleo de soja, que também subiu na Bolsa de Chicago, embora em ritmo menor (2,3%).

O abastecimento mundial de óleos vegetais já estava comprometido pela guerra da Ucrânia. Antes da invasão do país pela Rússia, 5,4 milhões de toneladas de óleo de girassol ucraniano eram exportados anualmente. Assim, depois do petróleo, cuja disparada nas cotações pós-guerra da Ucrânia levou a uma forte alta de combustíveis e alimentos, o óleo de cozinha ameaça ser uma nova fonte de pressão para a inflação em todo o mundo.

No Brasil, o preço do óleo de soja já subiu 11,21% este ano, segundo dados do IBGE. Os óleos vegetais são base da alimentação em quase todo o mundo, usados em doces, frituras e também como matéria-prima para alimentos processados. São também necessários para a fabricação de sabonetes e produtos de higiene e limpeza. E, em alguns países, usados ainda como combustível.

Fonte: www.biodieselbr.com