/JUNHO VIOLETA: oftalmologista fala das novas técnicas que regularizam a curvatura da córnea com ceratocone e lembra, “nunca coçar os olhos”

JUNHO VIOLETA: oftalmologista fala das novas técnicas que regularizam a curvatura da córnea com ceratocone e lembra, “nunca coçar os olhos”

O mês de junho é lembrado dentro da coletividade oftalmológica como o mês do ceratocone. Esse movimento é de esclarecimento da população brasileira sobre a doença e de iniciativa do CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que visa informar à todos sobre a importância do diagnóstico precoce e o devido acompanhamento e tratamento desta doença.

Dr. José Henrique Castilho, oftalmologista

O Dr. José Henrique Castilho, oftalmologista em sua clínica que fica na rua Barão do Rio Branco, 56, sala 203, no Centro de União da Vitória/PR, esclarece que o ceratocone é uma doença de caráter congênito, genético e hereditário com cerca de 150 mil novos casos a cada ano no Brasil, cuja causa do ceratocone infelizmente ainda é desconhecida, e que normalmente aparece na adolescência ou depois.

Ele é caracterizado por uma desorganização das fibras de colágeno que compõem a córnea que é a estrutura anterior no olho, transparente que se assemelha a uma lente de contato natural. Gera um afinamento da córnea desta estrutura, levando a uma modificação significativa na curvatura da córnea, sendo conhecido como ceratocone” explicou.

O Dr. José Henrique Castilho com anos de experiência, lembra que o ceratocone tem uma evolução silenciosa por cerca de oito à dez anos e tende a estabilização, mas infelizmente, pode apresentar situações de agravamento a qualquer momento da sua evolução e, por isso, é muito importante e muito necessário o acompanhamento constante pelo oftalmologista.

Os sintomas principais do ceratocone na sua fase inicial se assemelham muito aos de uma pessoa que tem astigmatismo que é um outro defeito refracional, ou seja, uma visão borrada tanto pra longe quanto para perto, dificuldade principalmente a noite por causa das luzes, uma grande sensação de cansaço visual e peso nas pálpebras e depois de uma atividade laborativa, além de se possível apresentar dor de cabeça, embora não seja um sintoma muito constante.

Vale também ressaltar, a grande frequência da coceira nos olhos, a qual não tem relação com nenhum quadro alérgico. O paciente relata coceira achando que se trata de um problema alérgico mas não é, Por isso, é muito importante lembrar de nunca coçar os olhos, esse aviso é praticamente universal dentro da oftalmologia“, enfatizou o Dr.

“O ato de coçar os olhos, podem também causar ceratocone porque coçar os olhos causam pequenos traumatismos nas fibras de colágeno da córnea e isso pode gerar uma desorganização, quando essa fibras lesionadas começam a se regenerar e essa desorganização se assemelha a desorganização do ceratocone em si, então o hábito de coçar pode evoluir para o ceratocone”, explicou.

Quando a coceira é ocasional, o Doutor recomenda o uso de compressas frias, mas se ela é muito constante e chega a perturbar, a recomendação é produtos a base de colírios.

O Dr. José Henrique Castilho também detalha sobre os possíveis tratamentos da doença que podem variar bastante. Em fase inicial é possível conseguir uma ótima visão com o uso de óculos, já quando tem uma evolução na doença e o óculos já não é mais útil, o mais indicado é o uso de lentes. “O uso de lentes deve ser com um modelo especial e não como as comuns“, explica o Doutor.

Já na circunstância de o paciente não se adaptar as lentes de contato especiais, pode ocorrer o procedimento cirúrgico. Duas opções são a “crosslinking” que fortalece a córnea, impedindo que a doença progrida e o “Anéis de Ferrara”. Por último, já em uma situação muito evoluída, também é possível a indicação de implante de córnea.

Dr. José Henrique Castilho
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