“O inverno traz consigo dias mais curtos, noites mais longas e um clima frio e seco – todos fatores que alteram o metabolismo energético do corpo”
Quando estamos expostos ao frio, especialmente em ambientes abaixo dos 18°C, nosso corpo trabalha mais para manter sua temperatura interna estável. Esse processo, conhecido como termogênese, aumenta o gasto energético e estimula o tecido adiposo marrom – uma forma de gordura que ajuda a gerar calor e manter a temperatura corporal. Com o aumento do gasto energético, nosso corpo sinaliza a necessidade de mais combustível, resultando em uma maior sensação de fome. Esse é um mecanismo natural de sobrevivência, onde o corpo busca equilibrar o consumo energético com a demanda aumentada.
Os meses mais frios do ano chegaram e junto com a troca da estação, a alimentação também acaba mudando bastante. A maioria das pessoas sente mais fome durante o frio, o que traz aquela “vontade” de comer alimentos mais calóricos. A explicação para esse comportamento está ligada a diversos fatores fisiológicos e psicológicos. Um dos fatores é que, durante o frio, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal, o que aumenta o apetite. (Colaboração do texto: assessora de imprensa Kelly – Alma360).
A nutricionista especializada em nutrição clínica e esportiva Dra. Charly Doliszny, confirma que a mudança de temperatura desempenha um papel fundamental no aumento do apetite. “Nesses meses mais frios, o corpo precisa gastar mais energia para manter sua temperatura interna estável. Com isso, leva a um aumento no metabolismo, o que pode gerar uma maior sensação de fome“, comenta. “Outro ponto, é que o frio também faz com que o corpo busque fontes de calor através dos alimentos, especialmente aqueles que são mais calóricos, como sopas, pratos pesados e alimentos reconfortantes.”
E realmente, na estação mais fria do ano, algumas bebidas e alimentos viram protagonistas. Cafés e chás são boas escolhas para se aquecer. Os carboidratos, como pães, batatas e massas, são outros aliados neste período. Porém, a especialista faz o alerta: Apesar de ser um processo fisiológico, é importante manter o equilíbrio. “Sentir mais fome é normal, mas isso não significa exagerar. O ideal é optar por alimentos nutritivos e que ajudem a manter a temperatura corporal, como sopas com legumes, grãos integrais e proteínas magras.”
Outro fator relevante, de acordo com a Dra. Charly, é o impacto das estações no humor e no comportamento alimentar. Durante o período de temperaturas mais baixas e com menor exposição à luz solar, a produção de serotonina no organismo tende a diminuir. Esse neurotransmissor, essencial para regular o bem-estar, o controle do apetite e o humor, tem seus níveis reduzidos, o que pode levar o corpo a buscar alimentos que proporcionem prazer e conforto emocional, destaca a nutricionista.
Embora esse comportamento seja natural e resultado de processos fisiológicos, a Dra. Charly ressalta para a importância de escolhas alimentares equilibradas. O segredo está em manter a qualidade nutricional da alimentação, escolher alimentos mais leves, incluir fibras para saciedade como a aveia (mingau de aveia), psyllium, linhaça, proteína magra, legumes e vegetais refogados ou assados e frutas que possam ser aquecidas como banana, maçã, pera e abacaxi e também ter atenção a hidratação, sendo que, no inverno a ingestão de água diminui, uma boa opção é incluir chás, sugere a especialista.
Além disso, a especialista reforça que a prática de atividades físicas também pode ajudar a controlar o apetite.
Algumas dicas para aumentar saciedade e reduzir consumo calórico no frio:
Consuma mais alimentos ricos em fibras e proteínas magras como frango, peixe, ovos, iogurte e leite desnatado e queijos magros.
Priorizar alimentos como frutas, verduras, legumes, feijão, ovos e aveia, que são fontes de fibras e proteínas, pois ajudam a aumentar a saciedade e a controlar o apetite.
Hidratação:
Beber água antes das refeições e durante o dia pode ajudar a reduzir a sensação de fome, pois a sede pode ser confundida com fome.
Atividade física:
A prática regular de atividades físicas pode ajudar a reduzir o desejo por alimentos calóricos e a promover a sensação de bem-estar.
Lanches saudáveis:
Optar por lanches como frutas, iogurte desnatado, castanhas ou uma xícara de chá de ervas, mingau de aveia.
Evitar pular refeições:
Pular refeições pode levar a uma maior sensação de fome e a escolha por alimentos mais calóricos.
Controle do estresse:
O estresse pode aumentar o desejo por alimentos calóricos. Praticar atividades que reduzam o estresse, caminhadas, corridas, pode ajudar a controlar o apetite.
Dormir bem:
A falta de sono pode aumentar o apetite e a vontade de comer alimentos calóricos. Manter uma boa higiene do sono, com horas regulares de sono e um ambiente propício, pode ajudar a controlar o apetite.
Busca por ajuda profissional:
Em alguns casos, a compulsão alimentar pode ser uma condição clínica, se você sente dificuldade de controlar a quantidade que come e está ganhando peso, é hora de buscar um nutricionista para te ajudar.
A Dra. Charly Doliszny atua como nutricionista clínica há 17 anos, especialista em emagrecimento e qualidade de vida. Atualmente atende nas cidades de União da Vitória, Curitiba, General Carneiro e Bituruna, também realiza atendimentos online.
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