O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre a saúde da mulher e a Dra Natália Kliemann Sebben destaca sobre o Outubro Rosa: movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama.
A Dra Natália explica que o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), são estimados 74 mil novos casos por ano no Brasil. Ela ainda desta que embora assustador, o câncer de mama tem altíssimas chances de cura se diagnosticado precocemente – muitas vezes acima de 90%.
Dra Natália Kliemann Sebben explica sobre a importância do diagnóstico e sobre o papel central da biópsia e da Patologia.
A biópsia é o exame que define com precisão se um nódulo ou lesão é maligno ou benigno. É a partir dessa amostra que o médico patologista identifica:
* O tipo exato de câncer de mama (ductal, lobular, inflamatório, etc.)
* O grau histológico (quanto mais diferenciado, melhor o prognóstico)
* A presença de invasão vascular ou linfática
* As margens cirúrgicas e a extensão da lesão
* O receptor hormonal e o Ki-67 (em exames complementares como imunohistoquímica), fundamentais para definir o tratamento.
“Sem biópsia, não há diagnóstico definitivo. Sem diagnóstico, não há tratamento adequado. Por isso, o patologista é parte essencial da jornada de quem enfrenta o câncer”, destaca.
Rastreio: o que é importante saber?
* Mamografia anual a partir dos 40 anos é a recomendação para mulheres de risco habitual (SBM, FEBRASGO, Colégio Brasileiro de Radiologia)
* Mulheres com histórico familiar devem conversar com seu médico sobre iniciar o rastreio mais cedo
* A ultrassonografia pode complementar a mamografia em mamas densas
* Ressonância magnética pode ser indicada em casos específicos (alto risco genético, mutações BRCA, etc.)
Além do rastreamento, alguns fatores de proteção incluem:
* Manter o peso adequado
* Praticar atividade física regularmente
* Reduzir o consumo de álcool e evitar o tabagismo
* Ter uma alimentação equilibrada
* Amamentar (quando possível)
Não se esqueça que o autocuidado também é prevenção:
Conhecer o próprio corpo é um gesto de autonomia e amor-próprio.
Alterações como nódulos, secreções mamilares, mudanças na pele ou no formato da mama merecem atenção.
Na dúvida, procure orientação médica.
Cuide-se!
