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Ligação de ministra do Turismo com miliciano gera a primeira crise do governo Lula

Daniela do Waguinho é mulher de Wagner prefeito de Belford Roxo. O casal apoiou Lula durante a campanha eleitoral na Baixada Fluminense.

Bastaram quatro dias do novo governo para a ministra do Turismo, Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), virar o foco de crise relacionada a seus apoiadores de campanha. Pesa sobre ela a acusação de ter contratado nas eleições de 2022 e nas de 2018 uma empresa que estaria envolvida em suposto caixa 2 do próprio marido dela, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil).

Além disso, o ex-PM Juracy Prudêncio, condenado por chefiar uma milícia, tem foto publicada em ato de campanha da ministra em 2018, acompanhados da mulher do miliciano, e do deputado estadual Márcio Canella (União Brasil). Outro fato é sua irmã, Djelany Machado, ter sido presenteada por um empresário que venceu uma licitação suspeita na cidade de Belford Roxo (RJ) em 2018.

O rótulo de milicianos sempre esteve associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro que venceu em todos os municípios da região eleitoral de Waguinho. Para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, conforme declaração nesta quarta-feira, dia 04, até o momento, a situação da ministra do Turismo não provoca “desconforto” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Daniela do Waguinho demonstrou desconforto e foi flagrada pela mídia afirmando que “seus inimigos” quer lhe “queimar”. Ela alegou que o fato de ter uma foto ao lado de um condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense não é suficiente para estabelecer vínculo com os crimes. Por hora, os ministros mais próximos de Lula alinharam o discurso em defesa da ministra.