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Violência contra LGBTQIAP+ tem nação brasileira no topo mundial

O Brasil é o país com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo pelo 14º ano consecutivo. As informações são do Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O México é o 2º e os Estados Unidos da América o 3º.

131 pessoas trans e travestis foram assassinadas no país no ano passado. Outras 20 tiraram a própria vida em virtude de discriminação e do preconceito, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, dia 26, em cerimônia no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Números que chamam atenção e, no entendimento da pasta, carecem de ações de mudança e transformação.

Para o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, os dados são uma “tragédia”, mas representam a oportunidade de mudança da realidade em que vivem atualmente pessoas transexuais e travestis. “Quando falamos sobre gênero e sexualidade, somos acusados de sermos identitários. Pergunto a essas pessoas se é possível construir um país com os números que vemos agora”, opinou.

Imagem Agência Brasil/Valter Campanato

Entre os assassinatos de 2020, 130 referem-se a mulheres trans e travestis e uma a homem trans. A pessoa mais jovem assassinada tinha apenas 15 anos. Quase 90% das vítimas tinham de 15 a 40 anos. Para a pesquisadora responsável e secretária de Articulação Política da Antra, Bruna Benevides, contribuem para esse quadro fatores como a ausência de ações de enfrentamento da violência contra pessoas LGBTQIAP+.

Com informações da Agência Brasil e Antra